Ed
Kennedy leva uma vida medíocre, sem arroubos. Trabalha, joga cartas com
cúmplices do tédio, apaixona-se por uma amiga que dorme com todos os vizinhos
do subúrbio e divide apartamento com um cão velho. O pai alcoólatra morreu há
pouco; a mãe parece desprezá-lo.
Certo dia, ele impede um assalto a banco e é
celebrizado pela mídia. O ato heróico tem conseqüência. Logo depois, Ed recebe
enigmáticas cartas de baralho pelo correio: uma seqüência de ases de ouros,
paus, espadas, copas, cada qual contendo uma série de endereços ou charadas a
serem decifradas. Após certa hesitação, rende-se ao desafio. Misteriosamente
levado ao encontro de pessoas em dificuldades, devassa dramas íntimos que podem
ser resolvidos por ele. Uma mulher é estuprada diariamente pelo marido,
enquanto uma senhora de 82 anos afoga-se em solidão, à espera do companheiro,
morto há mais de meio século.
A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade.
A ele parece caber o papel do eleito, do salvador. Convencido disso, segue instruções e se perde entre ficções de estranhos e sua própria, embaçada, realidade.
Gente. Que.
Livro. Bom. Finalizei a leitura a poucos minutos e ainda estou em um estado
inexplicável. Nem sei como vai sair esta resenha, mas vamos lá:
Os personagens foram
construídos de uma maneira realmente muito boa. Os secundários
aparecem em quase todo capítulo, e isso é bom, pois o autor não focou somente no
Ed Kennedy, personagem principal da obra. Quando um escritor faz isso em um
livro, eu adoro, mas quando o Markus Zusak faz isso, é simplesmente marcante.
Cada personagem secundário tem o seu próprio drama. O que mais me chamou
atenção foi a história da Audrey, que tem sérios problemas com os seus sentimentos. E o Ed,
com o papel de salvador, acaba resolvendo isso de uma maneira
incrível.
"Às
vezes as pessoas são bonitas. Não pela aparência física. Nem pelo que dizem. Só
pelo que são."
-
Página 199.
O livro tem mensagens
simples, mas que acabam tornando-se tocantes. Markus Zusak tem uma narrativa um
tanto diferente. A escrita do autor é um pouco espantadora, pois ele consegue com poucas
palavras transmitir o que realmente quer transmitir. Resumindo: Zusak tem uma
escrita magistral. Sobre a história, mais original impossível! Nunca tinha lido
algo tão sensível como "Eu Sou o Mensageiro". O
livro tem todos os aspectos para uma boa obra.
A leitura flui facilmente, até porque a história é muito bem escrita desde o seu primeiro capítulo. O livro é realmente muito viciante, então não comece a ler se não estiver com tempo, porque as palavras vão te consumindo a todo momento, e quando você vê, já passou horas lendo. O livro é dividido em quatro partes, e os capítulos são pequenos, então isso acaba sendo um ponto positivo, pois você fica naquela de "Só mais um capítulo, só mais um capítulo".
A leitura flui facilmente, até porque a história é muito bem escrita desde o seu primeiro capítulo. O livro é realmente muito viciante, então não comece a ler se não estiver com tempo, porque as palavras vão te consumindo a todo momento, e quando você vê, já passou horas lendo. O livro é dividido em quatro partes, e os capítulos são pequenos, então isso acaba sendo um ponto positivo, pois você fica naquela de "Só mais um capítulo, só mais um capítulo".
"Talvez
todos possam superar seus próprios limites de capacidade"
-
Página 318.
"Eu
Sou o Mensageiro" é um livro
que passa despercebido, mas que depois de um momento acaba tornando-se algo
enorme. Uma história que vou levar pro resto da minha vida. Se você busca um livro tocante, engraçado e inteligente, leia "Eu Sou o Mensageiro".
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