quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Série: Dexter - 1° e 2° temporada


   Primeiramente: o que faz do Dexter um personagem tão especial? Simples: o herói da história não é um cara bom, e sim um assassino em série.
  Tendo o símbolo do sangue como elo de ligação com seu passado e com sua família, Dexter trabalha como especialista no laboratório da polícia de Miami, Flórida. Ele analisa as amostras de sangue encontradas nos locais dos crimes que a polícia investiga, ajudando, assim, a manter a justiça e as aparências. Porém isso não dura muito, e como tudo não é para sempre, os seus assassinatos chegam a tona, fazendo o protagonista da série se ver em uma situação embaraçosa logo em sua primeira temporada.
  Os personagens secundários estão em peso durante boa parte da história. Angel Batista é o detetive latino, bem humorado, dedicado ao trabalho e o “melhor amigo” de Dexter. Temos também o sargento Doakes, um agente muito babaca, que sempre implica com a maioria do outros personagens. Ele é ex-parceiro de Maria LaGuerta, que também é um pouco insuportável na primeira temporada. Outra personagem secundária que dá as caras em quase todo episódio é Rita, namorada fiel do Dexter e mãe de dois filhos. A Rita é uma das personagens que mais sofre na série, pois ela ainda tem um relacionamento conflitante com o seu ex-marido, um cara muito agressivo e bem bipolar, que a fez/faz sofrer muito. E a última e não menos importante é a Debra Morgan, irmã de Dexter. Eu especialmente acho ela uma tremenda tapada na primeira temporada, mas na segunda ela acaba melhorando um pouco. 













   A primeira temporada da série é focada basicamente no caso do “Ice Truck Killer”, onde um assassino em série drena todo o sangue de suas vítimas e depois as corta em pedaços. E isso para o Dexter é incrível, pois nem ele que é um tremendo assassino, pensou em algo tão bem elaborado. Confesso, que como o Dexter, que achei incrível esse caso, bem original por sinal. Como toda série, descobrimos quem é o vilão, porém em “Dexter” levamos um choque emocional quando isso é revelado. Assim como praticamente todos os episódios da primeira temporada, a season finale não deixou a desejar, foi digna de filme! Muita surpresa, sangue e ação pode ser conferida nesta temporada de estreia do seriado.
   Já a segunda temporada tem como tema central a relação de Dexter com sua irmã, Debra, que inclusive sai da primeira temporada muito abalada psicologicamente, até porque o “Ice Truck Killer” era alguém próximo a ela, então ficamos neste drama pós primeira temporada por um bom tempo.

   Até a metade da segunda temporada, a série soube muito bem mesclar romance com ação. Mas depois disso não aconteceu nada, nenhuma surpresa, e isso acabou com a minha animação toda. Então se eu fosse comparar a primeira temporada com a segunda, sem dúvidas a primeira ganharia como a melhor até o momento. Acho que na segunda temporada  os produtores não possuíam um roteiro pronto, eles simplesmente foram adicionando conflitos chatos e entediantes na história, o que acabou com toda aquela ação composta na série. Porém temos a entrada de uma nova personagem na trama: a falsa da Lila, que incrivelmente consegue enganar a todos. Não posso falar muito sobre ela, mas dou uma dica: não acredite nela. 

"Sou um monstro único"
- Dexter





  O diferencial de "Dexter" é o personagem, um tanto excêntrico, que a todo episódio compartilha com o público suas dúvidas, seus medos e seus prazeres. Isso é legal, pois acaba deixando o público mais “ligado” na série. Eu pelo menos fiquei mais ligado. 
  Mas a série não é só elogios também. A trilha sonora é péssima. Sério, a série só tem  aqueles toques de novela mexicana, sabe? São irritantes. Porém as músicas tem a ver com o lugar da história, que é Miami. Então vamos fazer o que né? 
  Enfim, depois de assistir 24 episódios, eu chego a conclusão que o Dexter não é totalmente um ser humano vazio, acho que ele tem salvação ainda e que lá no fundo de seu coração – se é que ele tem um - existe um espaço reservado para pelo menos sua irmã, Debra.  
  “Dexter” é sim uma série que eu indico para quem gosta de drama e muito sangue. Muito. Sangue. A oitava temporada do seriado começará a ser exibida no segundo semestre deste ano, e muitos especulam esta como o fim da série. Mesmo assistindo a apenas duas temporadas até agora, acho que uma oitava não seria necessária, pois no fim da segunda temporada já podemos conferir a falta de criatividade dos produtores do seriado. Mesmo assim, ainda vale apena conferir “Dexter”. 

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