Nora deveria saber que sua vida estava longe de ser perfeita. Apesar de começar uma relação com seu anjo da guarda, Patch (quem, título à parte, pode ser descrito como qualquer coisa, menos angelical), e sobreviver a um atentado a sua vida, as coisas não parecem melhorar. Patch está começando a se afastar e Nora não consegue descobrir se é para o seu próprio bem ou se o seu interesse voltou-se para sua arqui-inimiga, Marcie Millar. Sem contar que Nora é assombrada por imagens de seu pai e ela fica obcecada querendo descobrir o que realmente aconteceu com ele naquela noite em que ele partiu para Portland e nunca voltou para casa. Quanto mais Nora se aprofunda no mistério da morte de seu pai, mais ela começa a se perguntar se sua ascendência nefilim tem algo a ver com isso, assim como o por quê de ela estar em perigo com mais freqüência do que as garotas normais. Já que Patch não está respondendo suas perguntas e parece estar atrapalhando, ela tem que começar a procurar as respostas por si só.
Mais uma vez, lá vem a Becca Fitzpatrick me surpreender!
"Crescendo" é ótimo, porém o que me incomodou muito foi a questão de Nora e Patch
ficarem naquelas discussões pois eu amo esse casal, e ver eles separados foi
pra mim, algo terrível, muito longe do que eu imaginava que iria acontecer.
Infelizmente isso se manteve durante muitas páginas, mas como a história tomou
um rumo mais empolgante, o desejo de manter os dois unidos acabou passando.
Percebi que a escrita da autora evoluiu muito de um livro
para o outro. Fitzpatrick conseguiu criar uma narrativa mais emocionante,
carregada de ação com um pouco de humor. Aliás, a melhor amiga de Nora, Vee,
está hilária neste livro. Foi bastante notável também a evolução na relação
entre Nora e Marcie, sua inimiga número um.
"— Você é minha, Anjo — murmurou ele, soltando as palavras em volta do meu maxilar enquanto eu arqueava meu pescoço para trás, convidando-o a beijar todos os lugares, — Você me tem para sempre."
A falta de personagens secundários ainda continua, mas eu
sinceramente acho que isso é da Fitzpatrick mesmo, pois se não fosse, ela teria
reparado esse pequeno problema neste livro. Mas enfim, isso
ainda me incomoda um pouco, porém não tanto quanto em “Sussurro”, pois neste segundo volume da série quase tudo é incerto, o que deixa a leitor mais preso na leitura, querendo devorar
o livro o mais rápido possível. Esse é um dos pontos mais positivos de “Crescendo”.
Eu realmente adorei todo esse suspense mesclado com revelações e tudo mais. Acontecimentos por aqui é que não faltam, como o mistério
sobre a morte do pai da Nora, que começa a desenrolar dentro da trama, sua
forte ligação com os nefilins, quem seria a Mão Negra, assassino do pai de Nora e entre outros assuntos...
A edição do livro também se manteve equilibrada, a tradução ainda ficou por conta de Livia de Almeida. Achei a capa estranha, pois eu não gosto de pessoas estampando livros, mas enfim, a edição está ótima e eu não encontrei nenhum erro de ortografia.
“Crescendo” é
apaixonante, tem uma história bem mais empolgante do que “Sussurro”, e com
certeza vai agradar a muitos.
“É melhor que algumas verdades fiquem mortas e enterradas – do contrário, podem destruir tudo aquilo em que você acredita.”