sábado, 9 de março de 2013

Resenha: A Zona Azul, de Andrew Gross















Andrew Gross revoluciona o gênero com a história tocante do desaparecimento do pai de Kate Raab, que estava sob a guarda do Programa de Proteção a Testemunhas. Nada se sabe sobre seu real envolvimento com a máfia. Não se sabe a verdade sobre sua própria vida. Sua família parece não conhecê-lo. A única certeza é ele ter entrado na Zona Azul, o universo das testemunhas desaparecidas sem deixar rastro. Na busca por seu pai, Kate enfrentará criminosos e situações angustiantes, mas nada pode ser mais arriscado que ficar frente a frente com a verdade.

  Comecei bloqueando a história de uma maneira errada, mas depois tudo foi se ajeitando e eis que o “bom” do livro, depois de 100 páginas, resolve surgir.

  Pensando bem, o livro tem uma história bem enrolada, mas calma, não é algo tão enrolado assim, pois a leitura flui de um jeito bacana. A narrativa do autor é um tanto comum, não tem nada de inovador em sua escrita. Comparando com outros autores, Andrew Gross ficaria um pouco atrás na questão de narrativa.


"A vida não é algo que se fixa ou possui. Nossos corpos são alugados somente por um tempo curto. Quando o tempo acaba, como todas as coisas, eles devem ser devolvidos." 
- Página 375. 

  O que me decepcionou muito foi a descoberta do segredo em si. O livro é bem diferente, pois um dos segredos já é revelado logo no começo da obra, fazendo com que o leitor pense que não existe mais nenhuma surpresa, o que consequentemente deixa-o entediado por alguns capítulos. Mas existe mais segredos sim. E muitos. Então se você está lendo o livro, tenha calma e não o abandone.

  O desfecho da história é incrivelmente bom, o autor soube muito bem criar um fim para a obra. E isso acabou, de um certa forma, recompensando o começo sem graça composto em “A Zona Azul”, de Gross. O livro é bom, tem uma história original, porém não é algo tão inovador, que faça você amar a história.

  A edição do livro é ótima, são poucas páginas por capítulo. A capa também foi bem elaborada, tem uma espécie de segunda capa, que faz o livro parecer “rasgado”.
  Algo em que eu senti muita falta foram personagens secundários. O livro tem apenas alguns personagens envolvidos na história, e basicamente são esses que surgem a cada página. A protagonista do livro, Kate, foi muito mal criada. Fora isso, o livro tem bons elementos. 

  Uma busca eletrizante pela verdade, que pode agradar a muitos leitores, principalmente aqueles que gostam de um livro surpreendente, não digo do começo ao fim, mas mesmo assim, muito surpreendente.

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